qdo li esse texto fui muito edificada, então gostaria de compartilha-lo com vcs...
Percebi que somos ensinados a ser espirituais ao extremo, mas nunca fomos ensinados a sermos de carne osso e nervos. Ignoramos nossa humanidade e não a respeitamos. Não respeitamos nosso tempo de descanso, nosso tempo de comunhão e de namoro. Quantas vezes fugi com Emerson para um tempo a sós para namorarmos, porque nossas agendas não nos permitiam esse tempo de humanidade. Não são poucas as reclamações de esposas de pastores e executivos que não tem esse tempo de qualidade com suas esposas. Nesse tempo de descanso e de batalha simultâneos, descobri que nada me faz mais feliz do que estar em uma mesa com amigos em um restaurante. Descobrir paladares, sabores e histórias. Como conhecer histórias de pessoas me faz bem!
Sentada em uma mesa de restaurante, lembro do Cristo homem sentado à mesa, sorrindo e tendo amigos, lembro do quanto Jesus era 100% homem e 100% Deus.
A santidade que nos leva a humanidade e a humanidade que nos leva a santidade estreita laços. Propaga pelo bairro a alegria de estar em um corpo criado por Elohim para vivermos a vida abundante de Cristo.
A mesa nos iguala. Uma vez na mesa com alguém, comendo e compartilhando, jamais esqueceremos. “Prepara-me uma mesa na presença dos meus inimigos, para que comendo com eles sejamos amigos”… diz o salmo.
Quero trazer esse marco para o meu recomeço. Para que mesmo viajando 20 horas dentro de um avião, na mesma posição, comendo barrinhas de cereal, eu me lembre que há tempo para tudo. Tempo de dormir na rede e também no meu colchão, tempo de comer barrinhas, mas também feijão. Tempo de ir, tempo de vir, de chorar e de rir, mas sempre respeitando o tempo de ser crente, assim como o de ser gente.
Que venha 2010 e minhas viagens para a Europa tão fria ou para a África tão quente. No Maranhão, no sertão, em hotéis de luxo ou na casa de irmãos, eu sempre direi: – “Eu vou!” Sabe por quê? Porque eu tenho para onde voltar. Volto pro meu chão, pra minha Vargem Grande, tão Verde e tão silenciosa. Volto sem culpa, porque sou de nervos, carne, osso, pele e espírito. Deus me fez assim… Gente… Simplesmente…
Espero te encontrar qualquer dia desses numa Folia de Itália sendo gente, sem peso, cheio de alegria, com sua família, sorrindo, curtindo, porque a vida não é só ir, mas é também voltar. Seja no cachorro quente da esquina ou na coxinha de galinha da praia, temos que nos permitir. Voltar para o que se construiu. Uma família, filhos, marido, esposa que estão, porque você soube dizer: “Eis-me aqui para cuidar dos de fora, mas também dos de dentro.”
Algumas pessoas se orgulham em dizer: “Eu só vou da casa para igreja, da igreja para casa.” Ministros dizem: “Não tiro ferias!!” As almas estão perecendo e eu pergunto:
- “Você acha bonito ser feio? Você também está perecendo! E Deus precisa de você vivo e com a família inteira!!
Afinal, todos nós temos fome como Jesus teve.